Aleluia! Pela primeira vez encontrei um texto que descreve a raça Border Collie com seus pontos positivos e negativos de forma adequada, e que merece ser muito divulgado. Por isso peço ajuda de todos que me lêem. Vamos divulgar este texto, para tentarmos ajudar pessoas que ainda não adquiriram um Border Collie mas que têm este desejo.

Muitas e muitas dessas pessoas não conhecem a realidade da raça e o que é necessário para que um Border Collie seja feliz, e não um problema realmente sério na família, como muitos casos que eu mesma já fui chamada para resolver. Infelizmente, em muitos deles, a rotina de vida do cão não mudou por impossibilidade dos donos, e a mudança comportamental não ocorreu. Já peguei casos de Border Collies tão sensíveis que não aceitavam ser tocados, oferecendo dezenas de Calming Signals com apenas um toque, ou tão agressivos que a única pessoa que podia chegar perto era o dono!

A maioria dos lares simplesmente não é adequada à esta raça, porque as pessoas sonham em ter um animal de estimação, quietinho, que fique deitado no sofá assistindo um bom filme com a família. O Border Collie não é um cão pet, é um cão de trabalho. Ele pode sim ficar deitado no sofá para assistir um filme, mas depois de muita atividade física e mental. Existem alguns que são exceção, cães atípicos, que não possuem instinto de pastoreio ou um nível altíssimo de necessidade de gasto energético. Mas são poucos, e é uma loteria quando se compra um filhote.

Além do que, eu pessoalmente penso que o Border Collie não é a raça mais inteligente do mundo. Nããããão Sara???? Não. Já treinei cães de diversas raças, idades, históricos, etc. O Border Collie é um cão que precisa trabalhar, e desta necessidade nasce o interesse dele em tudo o que fazemos. Digamos que é um dos cães mais motivado para aprender, mas não necessariamente mais inteligente. Eles observam o tempo todo e por conseguinte, aprendem mais coisas. Conheci alguns cães que seriam Einsteins Caninos e que não eram Border Collies. 

Nós temos cinco Border Collies! E só Deus sabe o quanto nos dedicamos a gastar a energia deles. Eles cresceram em um meio totalmente favorável ao seu equilíbrio mental. Nenhum deles tem problema de comportamento como compulsividade, agressividade, timidez excessiva, pastoreio a objetos ou pessoas.

Quando começamos a treinar pastoreio com a Liliane Morriello, levamos a Belizza e o Al Capone. Eles se saíram muito bem, e quando nossa professora voltou para a Dinamarca, nós percebemos que os cães, uma vez tendo entendido qual era a função primordial deles (pastorear), não conseguiriam mais estar bem somente com atividades como Agility, Frisbee, Obediência. Foi então que resolvemos (depois de um ano), com muita tristeza mas tendo a certeza de que estávamos fazendo o melhor, mandá-los para uma fazenda, onde poderiam trabalhar todos os dias.

Vamos ao texto, traduzido pela Ana Corina do Blog Mãe de Cachorro também é Mãe: Guia de Raças: Border Collie

Divulguem!