Bailey e Baruk – Border Collies
Existem vários mitos, não só no Brasil, mas em todo o mundo, sobre manejo, saúde e treinamento dos animais e um deles é que o filhote só pode ser treinado quando completar seis meses de idade.
Esse mito provavelmente é devido ao fato de que antigamente a base do treino dos animais, inclusive cães, era feito de tal forma que o animal não tinha opções de escolha: ou obedecia, ou sentia dor. Na verdade, essa filosofia de treino é mais comum do que imaginamos, ainda nos dias de hoje. E os filhotes, por estarem ainda em desenvolvimento psicológico e sujeitos às fases do medo, não costumam responder bem à pressão física, se tornando muito tímidos, arredios, urinando e deitando no chão, o que dificulta o treinamento coercivo. Já os adultos são mais seguros e alguns deles conseguem agüentar a dor e mesmo assim continuam trabalhando e respondendo ao treino.
Com a evolução das técnicas de treino e informações sobre comportamento animal, o que se vê hoje é uma grande tendência para que o treino seja feito baseado em técnicas motivacionais e positivas.
Ivy, Dog (nosso aluninho de 4 meses) e Anakin
O que se sabe hoje é que com 49 dias, o cérebro de um filhote de cão está neurologicamente formado, e ele é capaz de aprender tanto quanto um cão adulto. O filhote dorme muito e ainda não são aconselháveis ritmos fortes de treino. O ideal é que se façam treinos curtos e muito motivadores. Rapidamente o filhote entende e já começa a oferecer os comportamentos aprendidos.
Acreditamos que a melhor forma de educar é orientar corretamente, ensinando aquilo que queremos que o cãozinho faça (não pular nas pessoas, só os brinquedos e ossinhos são permitidos, comandos diversos, necessidades no local correto, ficar em silêncio quando sozinho, etc etc etc) e impedir que ele consiga fazer aquilo que é errado para nós. Assim que o filhote descobre que morder o pé da mesa é ‘possível’ e alivia a necessidade de mastigação, pronto, você terá um mordedorzinho de pés de mesa.
Através da recompensa e não recompensa conseguimos moldar os comportamentos dos animais para o nosso ideal.
O vídeo abaixo foi feito pela Silvia Trkman, que é uma grande adepta do treino positivo.
Deixar um comentário