1. Físico: relacionado a estrutura física do recinto, ou seja, introdução de aparatos que deixem o ambiente semelhante ao habitat natural de cada espécie. Exemplo: vegetação, diferentes substratos (como terra, areia, grama, folhas secas), estruturas para se pendurar e balançar (como cordas, troncos ou mangueira de bombeiro) etc.
2. Sensorial: É amplamente utilizado e consiste na estimulação dos cinco sentidos dos animais: visual, auditivo, olfativo, tátil e gustativo. Sons com vocalizações, ervas aromáticas, urina e fezes de outros animais (com acompanhamento periódico, através de exames coproparasitológicos)
3. Cognitivo: Dispositivos mecânicos (“quebra-cabeças”) para os animais manipularem são maneiras de estimular suas capacidades intelectuais.
4. Social: Consiste na interação intra-específica ou inter-específica que pode ser criada dentro de um recinto. Os animais têm a oportunidade de interagir com outras espécies que naturalmente conviveriam na natureza ou com indivíduos da mesma espécie.
5. Alimentar: variações na alimentação também podem ser consideradas um tipo de enriquecimento ambiental em cativeiro. É de suma importância ressaltar que tais variações devem ser DE ACORDO com os hábitos de cada espécie, visando sempre o bem-estar animal. Alimentos que não constam na dieta habitual do cativeiro podem ser oferecidos aos animais esporadicamente, como frutas da época, por exemplo. Variações na maneira como estes alimentos são oferecidos (inteiros, escondidos ou congelados), na freqüência (diariamente ou não) e no horário (manhã, tarde ou noite).
A primeira coisa que nos chamou a atenção quando visitamos o Zoológico de São Paulo, foi que a maioria dos psitacídeos estava com casal formado. Este tipo de conduta, ainda pouco explorada, chama-se Enriquecimento Social, explicado acima. Alguns animais, como os primatas que apresentam hábitos sociais bastante evidentes, têm maior necessidade deste tipo de atividade; já outros de hábitos solitários pouco dependem desse tipo de interação.
Desta forma, uma das técnicas de enriquecimento que podem ser utilizadas para minimizar esta questão é o uso de espelhos para proporcionar aos animais novos estímulos no ambiente cativo. Para alguns indivíduos, o espelho pode ainda exercer uma outra função a partir do momento em que eles se reconhecem ao observar sua imagem refletida, como acontece com a maioria dos chimpanzés (Pan troglodytes). Ao estimular a capacidade cognitiva destes animais, estamos contribuindo também com seu bem-estar.
Ainda convém citar que assim como as demais técnicas de enriquecimento ambiental, esta deve ter sua permanência previamente determinada, bem como ser acompanhada de observações etológicas para garantir a segurança dos animais.
Site consultado: http://www.zoologico.sp.gov.br/
Sara, eu gostaria de saber como isso pode ser feito com os cães. Você comentou que é necessário bastante criatividade, as vezes eu sinto falta dessa criatividade e me faltam ideias, você tem ideias, ou coisas que você faça com os seus cães que possa compartir um pouquinho?Beijos
Maria, a parte II do Enriquecimento Ambiental será exatamente sobre isso.. :)Beijos
Ola Sara. É um prazer postar neste blog, tenho acompanhado ele por um tempo e o conheci por intermedio de uma conhecida sua, a Thais. Tbm sou Zootecnista e estou trabalhando no Mestrado em Comportamento, Bem-Estar e Estresse Animal (FZEA/USP), atuo com grandes animais … mas tenho paixao por caes e tenho gosto em estuda-los. Estou aproveitando alguns textos para apresentar para discussao em um grupo de estudos que ajudo a organizar “Comportamento e Nutrição de Cães”. Espero trocar mais ideias com vc. Parabens pelo trabalho e pelos textos.Abraço!
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