Um cuidado muito grande que tenho com o Lollo é promover as primeiras experiências dele de forma positiva. Tanto no contato com pessoas, como com outros animais ou em lugares diferentes, com barulhos, enfim, tudo aquilo que nós, humanos, já estamos super habituados, mas que para um filhote pode ser assustador nas primeiras vezes.
Sempre deixo ele se ambientar relativamente longe dos estímulos e depois vou aproximando, aproximando, conforme vou lendo na linguagem corporal dele que está calmo, confiante e que quer continuar. Posso fazer associação positiva com carinho, palavras de incentivo e também com comida, no caso a própria ração dele. Por enquanto não tive que usar nenhum tipo de comida mais apetitosa como frango desfiado por exemplo, como ele gosta muito de ração, está sendo o suficiente para conseguir criar associações positivas.
A maior dificuldade que tive quando comecei a sair com ele de casa foi o “instinto labrador”. Acabei de inventar esse termo rsrsrsrsrs mas explica bem o quão intenso é o comportamento. TUDO, TUDO que ele vê na rua ele quer colocar na boca, desde amoras caídas, pitangas, papéis até maço de cigarro, qualquer galhinho, folhinha, pedra, qualquer folha de planta que estiver ao alcance, terra, pedaços de cimento, plástico enfim, TUDO.
É engraçado porque sempre que mostro algum objeto para ele conhecer, pode ser um guarda-chuva ou uma panela, ele tenta morder sem ao menos cheirar!!! Por isso além de chocolate fofinho ele também ganhou o apelido de “pequeno deglutidor insaciável”. Tenho que ficar muito atenta para que ele não engula nada. A última peripércia foi no local que ministramos os cursos da Tudo de Cão, a Doggcaffè.
Ao final do curso ele estava solto, brincando com a Camomila quando de repente pegou algo no chão e sobraram duas perninhas para fora da boca dele. Ele carregou pelo corredor até o Leo e quando tiramos esse “algo” da boca dele era uma ave morta (urrrgh!). Ele, como um típico labrador, não mordeu, somente carregou direitinho, mas poderia ter sido outra coisa e não uma ave morta né?
Outro ponto importante no aprendizado dele é conseguir ficar quieto, sentado ou deitadinho, fora de casa. Esse comportamento muitas vezes não é natural dos cães, que querem explorar tudo ao seu redor, portanto, precisamos ensiná-los. Assim como desde crianças vamos aprendendo como nos comportar nos mais diversos ambientes, o cãozinho também precisa conhecer as boas regras de convivência humana.
Seus pais com certeza passaram muita vergonha nas primeiras vezes que te levaram para fora de casa em restaurantes, casa de amigos ou parentes, mas depois (graças a Deus rsrsrs!) você foi aprendendo. Já passei algumas vergonhas com o Lollo também, principalmente nas primeiras vezes, mas isso faz parte e é somente com um volume de exposição de forma contínua que o cão começa a se ambientar e entender qual o comportamento adequado em cada ambiente.
Aliás, essa é uma prática super recomendada e realizada por nós da Tudo de Cão para cães que são muito ansiosos no passeio, sentar no banco da praça, na parte externa do restaurante, padaria, centrinho comercial e ficar lá conversando, lendo jornal ou um livro, até seu cão acalmar. Como o tempo tudo passa a ser normal e não mais novidade e ele entende que sair na rua é simplesmente sair na rua e não uma ida ao Hopi Hari. 🙂
Lollo conhecendo uma fadinha:
No shopping quando fomos jantar:
Na padaria na reunião de equipe para o café da manhã (os donos do local colocaram até um pote de água para os cães dos clientes 🙂
Treinando o Comando Fica na Cobasi, na frente dos funcionários arrumando as rações (com aquele carrinho motorizado que esqueci o nome – não é prá me zuar do “carrinho motorizado”!)
Dentro de uma loja no shopping:
Na padaria:
Quanto mais locais o Lollo conhecer, melhor! Até agora foram 12 ambientes que ele visitou, várias vezes cada um. É importante que o cão vá várias vezes ao mesmo local para se acostumar com tudo que ocorre lá, para depois ir para outro e assim por diante. Percebi que eles respondem melhor quanto é dessa forma, do que ir cada dia para um local diferente, sem que o cão tenha tempo suficiente para se adaptar.
Isso é o que o pequeno deglutidor fez com a ave morta, carregou… ainda bem que não engoliu! (essa cabeça molhada é porque ele tentou nadar no pote de água da cozinha, imagine o que virou):
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Ao acompanhar a evoluçao da educação do Lollo estou aprendendo várias coisas.
Fico ligadinha…
Ele está fofo demais.
Beijos
Marcia
Que ótimo Marcia, fico feliz em saber! Beijos